O diagnóstico de Síndrome de Down e a forma como a notícia é absorvida
terá grande influência em processos posteriores. Trata-se de um momento muito
marcante para a vida de uma família: o bebê “perfeito”, tão esperado não está
mais lá. Mas o que é mesmo perfeição? Quem determina o que é ou não normal?
Como Ananda falou, minha filha de 9 anos. “Minha mães, o
que é que tem? Ele é meu irmão, todo
mundo é diferente...”
Ananda e Artur, meus amores |
Questionamentos, angústias, medos e ansiedades permeiam a mente e o
coração de todos: O que fazer agora? Como ele será? Terá distúrbios severos?
Como cuidar dele? Como reagirá diante da vida? Conseguirá sua independência?
Não há como mudar os fatos, é preciso encarar a realidade, buscar meios
para entender e ajudar. E é justamente quando se encara a realidade que se
percebe o quanto tudo é natural e especial, especial na totalidade da palavra.
É preciso compreender e aceitar, trabalhando com as limitações e vibrando com
as conquistas.
Estimular precocemente uma criança é fundamental para a ampliação do seu
desenvolvimento futuro. Ao estabelecer a relação entre o eu e o outro,
reafirmando sua identidade, a criança poderá formular esquemas mentais e,
buscar, dessa forma, meios para enfrentar os desafios. Quanto mais cedo forem
iniciados os processos interventivos, mais minimizadas serão suas limitações.
É imprescindível a busca pela autonomia, numa perspectiva global,
percebendo o ser em sua totalidade, quer seja nos aspectos motores, sensoriais,
cognitivos, emocionais, interacionais, para que o indivíduo possa ser capaz de
aprender e apreender, interagindo e agindo ante a sua realidade.